Tipo 1 - Resolução
01/04/25
Gabarito:
Resposta da questão 1:
[B]
Na Primeira República
brasileira, devido à existência do coronelismo – que, dentre outras práticas,
fazia o voto de cabresto – as fraudes eleitorais eram constantes, desde o
alistamento até a apuração.
Resposta da questão 2:
[B]
Diferente da centralização do
poder na época do império brasileiro, a constituição de 1891 estabeleceu uma
República, Presidencialista e Federalista, os estados ganharam autonomia.
Durante o governo do presidente Campos Salles, 1898-1902, foi criado a denominada
Política dos Governadores, um arranjo político entre executivo e legislativo,
favorecendo o poder local das oligarquias e dos coronéis, segundo o presidente,
o Brasil deveria ser governado a partir dos estados. Gabarito [B].
Resposta da questão 3:
[E]
O Positivismo, movimento
francês que muito influenciou a proclamação da República brasileira, acabou por
inspirar a inscrição “Ordem e Progresso”
da nossa Bandeira Nacional.
Resposta da questão 4:
[B]
A obra de Victor Nunes Leal, Coronelismo,
enxada e voto é um clássico para compreender as relações de poder na Primeira
República, 1889-1930, mostra como ocorreu a articulação entre os três poderes
(executivo, legislativo e judiciário) bem como as esferas municipal, estadual e
federal se relacionavam na tomada de decisões. O presidente Campos Sales,
1898-1902, organizou a chamada Política dos Governadores, um verdadeiro arranjo
de poder entre o executivo e o legislativo. O poder político estava pulverizado
nas mãos dos coronéis, as elites agrárias regionais. Gabarito [B].
Resposta da questão 5:
[A]
A 1ª Constituição da
República brasileira (1891) adotou o voto universal masculino e pontuou algumas
exclusões do voto, em especial a dos analfabetos. Estes, somados às mulheres,
representavam cerca de 80% da população. Logo, as exclusões atingiam a maioria.
Resposta da questão 6:
[C]
O Convênio de Taubaté tratou
de resolver o problema da supersafra de café do país, uma vez que a produção
estava parada devido ao excesso de sacas de café não vendidas. Coube ao Estado
comprar o excedente do café, em benefício dos cafeicultores.
Resposta da questão 7:
[D]
A questão menciona a Primeira
República no Brasil, 1889-1930. No aspecto político, a chamada República Velha
foi caracterizada pela Política do Café com Leite, Política dos Governadores e
o Coronelismo. A constituição de 1891 estabeleceu as bases na nova República, a
cidadania era restrita, o voto era aberto denominado voto de cabresto, isso
facilitava a atuação dos coronéis que detinham o poder político e econômico e
criava seus currais eleitorais. Gabarito [D].
Resposta da questão 8:
[C]
Desde o Segundo Reinado,
1840-1889, e também durante a Primeira República, 1889-1930, a economia
brasileira era agrária exportadora, o café era o produto mais importante na
pauta de exportação. No entanto, em época de safra boa, o preço tendia a cair
conforme a lei da oferta e procura. Para tentar solucionar o problema, o país
que era governado por São Paulo e Minas Gerais no contexto da Política do Café
com Leite criou o Convênio de Taubaté, em 1906, uma intervenção do Estado na
economia. O Estado comprava o café para controlar o estoque e valorizar o
produto. Gabarito [C].
Resposta da questão 9:
[C]
A primeira edição da obra de
Victor Nunes Leal, Coronelismo, enxada e voto, é de 1948. O livro é uma
referência para a compreensão do fenômeno do coronelismo. O autor destaca um
elemento importante da primeira constituição do Brasil república, de 1891, o
federalismo. Este deu autonomia para os estados da federação, com a função de
escolher o aparelhamento policial. Essa prerrogativa dos estados permaneceu,
segundo o autor, na república brasileira, isso contribuiu a instrumentalização
política das ações policiais. Gabarito [C].
Resposta da questão 10:
[E]
A
questão remete aos aspectos políticos da Primeira República ou a República
Velha, 1889-1930. Os partidos políticos eram estaduais e não nacional isso dava
poder as oligarquias locais. O Partido Republicano Paulista e o Partido
Republicano Mineiro fizeram uma aliança política denominada de Política do Café
com Leite. O poder político estava pulverizado, os coronéis, as elites
regionais, detinham o poder local. A cidadania era restrita, as mulheres não
tinham direitos políticos. Em 1910, surgiu no Rio de Janeiro, o Partido
Republicano Feminino, a proposta era ampliar a cidadania. Somente em 1932 foi
estabelecido o voto feminino. Gabarito [E].
Resposta da questão 11:
[E]
Marcada pelo coronelismo, a
República Oligárquica brasileira apresentou eleições marcadas pelas fraudes e
pela violência. O voto, além de excludente, era totalmente manipulado pelos
coronéis.
Resposta da questão 12:
[B]
O novo regime político não
rompeu com tradições enraizadas brasileiras, apesar da abolição ter ocorrido um
ano antes, em 1888. A nova Constituição republicana (1891), por exemplo,
limitava o acesso ao voto, excluindo mulheres, analfabetos, mendigos, soldados
de baixa patente e clérigos seculares (cerca de 80% da população). A
concentração fundiária mantida e ampliada, o que excluía boa parte da população
do acesso à terra. Tais fatores, somados à Crise do Encilhamento, agravaram a
desigualdade social no país.
Resposta da questão 13:
[D]
O texto aponta para as
modificações provocadas pela exploração da borracha no Norte do Brasil no final
do século XIX e início do século seguinte. Algumas cidades se desenvolveram,
ganhando relevância nacional e internacional. Havia uma forte demanda internacional
pelo látex (borracha), em razão da Segunda Revolução Industrial. Não havia
motivação alguma para suprimir a economia cafeeira. A procura pelo látex era,
principalmente, externa. O trabalho utilizado na região Norte era, em larga
medida, nordestino. Gabarito [D].
Resposta da questão 14:
[D]
O texto do renomado
historiador Boris Fausto faz referência às práticas clientelistas que ocorreram
dentro da Primeira República, 1889-1930. No âmbito federal imperou a Política
do Café com Leite, uma alternância no executivo federal entre paulistas e mineiros.
Através da Política dos Governadores, ocorreu um arranjo político entre o
presidente e as elites locais. A esfera municipal foi marcada pelo coronelismo,
a força dos coronéis em seus currais eleitorais. Havia uma relação promíscua
entre as três esferas: federal, estadual e municipal. Entre a esfera municipal
e estadual, segundo Boris Fausto, “coronéis” forneciam votos aos chefes
políticos do respectivo Estado, mas dependiam deles para proporcionar muitos
dos benefícios esperados pelos eleitores. Isso ocorria, sobretudo quando os
benefícios eram coletivos, quando se tratava, por exemplo, de consertar
estradas ou instalar escolas. Gabarito [D].